Gustavo Adolfo Rol viveu na Italia, em Turim. «Vive em Turim o Dr. Gustavo Adolfo Rol, um sensitivo capaz de ações que não têm nada de normal e que é impossível interpretar. É capaz de fazer viagens no tempo, de conversar com entidades que passaram para o lado de lá há séculos ou de fazer cair em uma sala, com o berro de uma cabra, o seu chocalho. Um busto de mármore pesadíssimo, sem que ninguém o movesse, passou de uma chaminé ao centro de uma mesa». Assim o jornalista e escritor Enzo Biagi no seu livro E tu lo sai?, descreve a extraordinária pessoa de Gustavo Rol. |
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Quem era de verdade? O definiram sensitivo, médium, mago, adivinho e muito mais. Mas ele se recusava de ser incluso em qualquer destas categorias. Assim respondia ao jornalista Renzo Allegri, autor da primeira monografia sobre ele, na época de uma pesquisa sobre paranormais (1977) feita para a revista Gente: |
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«Não sou um mago. Não acredito na magia... Tudo aquilo que sou e que faço vem de lá [e indicou o céu], todos nós somos uma parte de Deus… E quem me pergunta por que faço certos experimentos respondo: os faço exatamente para confirmar a presença de Deus…». |
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O Dr. Massimo Inardi estudioso de parapsicologia, no jornal de Bolonha, Il Resto del Carlino de 10 de junho de 1975, também deu uma interessante descrição: |
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Rol (a esquierda) com o ex presidente italiano Giuseppe Saragat (ao centro) | |||||||||||||||||||||
comportamento gentil que se adequa a um sistema de vida civil e moderado, as vezes de alegria mais abandonadas, e então fala com uma forte pronuncia dialetal que exagera de proposito como Macario, e contava voluntareamente anedotas. Acredito que a razão do seu comportamento (...) esteja na sua constante e previdente preocupação de diminuir a tensão na espera, os temores, o medo que se pode encontrar diante das suas traumatizantes maravilhas de mago. Mas apesar de toda essa atmosfera de familiaridade, de brincadeira entre amigos, apesar disso, seu menospreso, o seu ignorar, o seu fazer rir de coisas ridículas para esquecer e fazer esquecer ele primeiro, tudo isso que está acontecendo, os seus olhos, os olhos de Rol não se podem olhar por muito tempo. São olhos firmes e luminosos, olhos de uma criatura que vem de outro planeta, olhos de um personagem de um belo filme de ficção científica. Quando se fazem “jogos” como so seus, a tentação de orgulho, de uma certa misteriosa onipotência, deve ser fortíssima. Além disso Rol sabe rejeitar-la, se redimensiona diariamente em medida humanamente aceitável. Talvez porque ele tem fé e crê em Deus. As suas tentativas muitas vezes desesperadas de estabelecer conexão com as forças terríveis que vivem dentro dele, de tentar definir uma qualquer construção baseada no conceito mental, ideológico, religioso, que permita de domar em um parcial, tolerável, armistício a agitada noite magnética que o invade, eliminando as delimitações da sua personalidade, têm alguma coisa de patético e heróico». |
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Ao longo de sua vida, durante 91 anos (1903 1994), manteve contato com grandes personagens da história no período de novecentos: Einstein, Fermi, Fellini, De Gaulle, D’Annunzio, Mussolini, Reagan, Pio XII, Cocteau, Dalí, Agnelli, Einaudi, Kennedy e muitos outros. O seu papel foi de mostrar a existência de “possibilidades” (como ele chamava estes “poderes” que de fato correspondem aos siddhis da tradiçao Hindu-) que podem ser conseguidas por cada ser humano e de confirmar a presença de Deus fora e dentro do homem. Além de uma vasta antologia de coisas extraordinárias expontaneas, codificou uma original série de experimentos que estão no limite metafísico onde convergem ciência e religião. Usou frequentemente cartas de jogo, motivo pelo qual alguns insinuaram que fizesse ilusionismo. Mas estas cartas, que na maior parte dos casos não eram tocadas por ele, constituíam só a primeira e mais simples etapa a qual se aproximavam os iniciantes durante os incontros de experimentos, ou eram um meio divertido e dinâmico para esquentar o ambiente. |
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Rol com o compositor John Cage | |||||||||||||||||||||
Isso nao significava que cada um dos “simples” experimentos não fossem em si desconcertante. |
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Rol a 90 anos | |||||||||||||||||||||
A relação entre Rol e os espiritos não tinha nada a que ver com atividades de médiuns, se trata de alguma coisa não muito diferente de algumas antigas práticas egípcias e sumerio-babilonicas. Enfim, Rol produzia outros dois tipos de fenômenos particulares, ou seja, projeção a distância de figuras ou escritas (sobre tudo em grafite) sobre qualquer tipo de superfície e a pintura de quadros que se pintavam sozinhos, ou seja, os pincéis se moviam sozinhos, levantavam-se no ar, pintando de maneira rapidíssima com a ajuda do “espírito inteligente” de um pintor morto (Ravier, Picasso, Goya, etc.). Portanto, quem era Rol? Era um Maestro Espiritual cujo despertar da Luz interior o permitiu de expandir as normais possibilidades humanas. Que rol ele teve? Teve o rol de confirmar a presença de Deus em uma época de grande materialismo e aquele de encorajar todos os homens a começar o seu próprio caminho com o objetivo de demonstrar que o divino não é inalcançável e não está longe do homem, mas está ao seu alcance para quando ele deseje procurar-lo. Além disso, indicou na Ciência (Ciência Sacra, aquela da Harmonia, síntese de todas as ciências) o caminho que deveria ser seguido. «E assim eu esperei que fosse exatamente Ciência a ajudar-me a reconhecer e a codificar essas minhas sensações que com certeza todo homem tem, e será a mesma Ciência a resolver estas capacidades e promovê-las em todos os homens... ».
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